Senador Plínio Valério rebasa ONGs e MPF por tentarem impedir projeto bilionário da Eneva em Silves

“Plante, que o João garante“. Senador, ex-presidente da CPI das ONG´s, recorre a ditado popular ao defender exploração de gás em Silves-AM

O senador Plínio Valério (PSD-AM), conhecido por sua postura combativa em relação à atuação de ONGs na Amazônia, voltou a criticar as tentativas de bloqueio ao projeto bilionário da Eneva em Silves, Amazonas. A polêmica envolve a exploração de gás natural na região, com Valério acusando algumas ONGs e o Ministério Público Federal (MPF) de atrapalharem o desenvolvimento local com argumentos sem fundamento.

Críticas às ONGs e ao MPF
Valério, que presidiu a CPI das ONGs, afirmou que há um “aparelhamento” entre algumas dessas entidades e o MPF, que têm conseguido barrar grandes projetos com base em alegações pouco substanciadas. Segundo ele, é suficiente que uma ONG alegue a presença de qualquer ameaça ambiental ou social para que o MPF intervenha, sem a necessidade de provas consistentes. “Basta que uma ONG fale que encontrou algo para que o MPF atue. Essa é a realidade da Amazônia”, afirmou o senador.

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A disputa sobre a presença de indígenas isolados
Um dos principais argumentos utilizados por ONGs e pelo MPF para tentar barrar o projeto de exploração de gás é a suposta presença de indígenas isolados na área de operação da Eneva. Fotografias e artefatos supostamente encontrados por uma expedição da Comissão Pastoral da Terra (CPT) são apresentados como evidências, mas a Funai não confirmou a existência de tais grupos indígenas na região, e até mesmo a imagem utilizada foi questionada por indícios de manipulação.

O impacto econômico da exploração de gás
A Eneva planeja investir cerca de R$ 5,8 bilhões na construção de duas usinas termelétricas em Silves, com capacidade para gerar 950 MW. O projeto também promete criar cerca de 2.600 empregos diretos e impulsionar a economia local, por meio de iniciativas de educação profissionalizante e preservação ambiental. No entanto, críticos apontam que a falta de estudos definitivos sobre os impactos ambientais e sociais poderia justificar a suspensão das atividades.

Defesa da transparência e da nova legislação
Plínio Valério defende a aprovação do Projeto de Lei 6047/2023, que surgiu da CPI das ONGs, e que propõe regras mais rígidas para a transparência e fiscalização dos recursos destinados a essas organizações. O senador ressalta que é necessário garantir que as ONGs atuem de forma responsável e sem prejudicar o desenvolvimento da região amazônica, destacando que muitas dessas entidades recebem grandes quantias sem prestar contas claras sobre seu uso.

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A disputa em torno da exploração de gás em Silves ilustra o desafio de equilibrar desenvolvimento e preservação ambiental na Amazônia. Enquanto alguns defendem os benefícios econômicos do projeto, ONGs e o MPF alertam para os potenciais riscos ambientais. A votação do PL 6047/2023 pode ser um passo importante para trazer mais clareza e transparência a esse debate.