Bolsonaro critica indiciamento da PF: ‘Faz tudo o que não está na lei’

Além de Bolsonaro, também foram indiciados Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

A Polícia Federal (PF) concluiu, nesta quinta-feira (21), o inquérito sobre o suposto envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um esquema para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Além de Bolsonaro, a investigação envolveu outros nomes de destaque, como ex-ministros e aliados próximos, incluindo Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Augusto Heleno e Walter Braga Netto.

O inquérito apontou a existência de uma organização criminosa com seis núcleos distintos: Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, Incitação de Militares ao Golpe, Jurídico, Operacional de Apoio às Ações Golpistas, Inteligência Paralela e Cumprimento de Medidas Coercitivas. A PF relatou que as ações foram coordenadas e divididas entre as partes envolvidas.

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Outros indiciados incluem Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. O relatório final foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro Alexandre de Moraes é o relator.

Resposta de Bolsonaro
Em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de conduzir o inquérito de forma arbitrária. “Prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, afirmou o ex-presidente. Bolsonaro também demonstrou desconfiança quanto ao andamento do processo, destacando que a luta começará na Procuradoria-Geral da República (PGR).