O empresário argentino Fernando Cerimedo, marqueteiro da campanha de Javier Milei, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por seu envolvimento no plano golpista que visava impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Cerimedo está entre os 37 indiciados no inquérito, que inclui figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno. Os crimes atribuídos aos envolvidos são abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A PF aponta Cerimedo como parte do núcleo de desinformação, sendo responsável por ataques ao sistema eleitoral brasileiro. Ele ganhou notoriedade no Brasil em novembro de 2022, ao divulgar informações falsas sobre as eleições, questionando a legitimidade da vitória de Lula e impulsionando teorias conspiratórias.
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Próximo à família Bolsonaro, Cerimedo também tem se posicionado publicamente contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e tem propagado alegações de fraude eleitoral, como demonstrado em suas postagens nas redes sociais com a hashtag #OBrasilfoiroubado. Em 2023, ele assumiu o cargo de marqueteiro na campanha presidencial de Milei, expandindo sua influência na política regional.
O inquérito da PF revela que o esquema golpista operava de forma estruturada, com ações coordenadas em diferentes núcleos, incluindo ataques ao sistema eleitoral e operações de inteligência paralela, mostrando as conexões internacionais do grupo.