Barra do Bugres, cidade localizada a 165 km de Cuiabá, enfrenta uma grande reviravolta política após a cassação dos mandatos da prefeita reeleita Maria Azenilda Pereira (Republicanos) e de seu vice, Arthur José Franco Pereira (PRD), por compra de votos nas eleições de 2020. A decisão foi tomada nesta semana pelo juiz Arom Olímpio Pereira, da 13ª Zona Eleitoral, e terá repercussões diretas no cenário político local.
Além de perderem os mandatos, Maria Azenilda e Arthur José foram atingidos por severas sanções. A prefeita foi declarada inelegível por oito anos, o que a impede de disputar cargos eletivos durante esse período. O vice-prefeito também foi alvo da mesma punição. Ambos foram acusados de utilizar práticas ilícitas durante a campanha de 2020, o que comprometeu a integridade do processo eleitoral, segundo a sentença do magistrado.
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Com a cassação, a administração municipal de Barra do Bugres será temporariamente assumida pelo presidente da Câmara Municipal, que ocupará a função de prefeito interino até que novas eleições sejam convocadas. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) já confirmou que as novas eleições acontecerão em janeiro de 2025, dando à cidade a oportunidade de escolher um novo gestor.
A defesa de Maria Azenilda ainda tem a possibilidade de recorrer da decisão, mas especialistas em direito eleitoral apontam que o processo de novas eleições deve seguir, a menos que uma instância superior decida de outra forma. “A cassação de um mandato é uma medida drástica, mas é fundamental para garantir a legitimidade do processo democrático”, comentou o advogado eleitoral André Luiz Dias.
Com o cenário político local em ebulição, a cidade se prepara para as eleições de 2025, onde os eleitores terão a chance de escolher um novo líder, com o desafio de restaurar a confiança na gestão pública e assegurar o desenvolvimento de Barra do Bugres.