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O empresário, Francisco Sampaio Neves, conhecido como “Chaguinha”, já faturou montantes altos dos cofres públicos por ser dono de pelo menos três transportadoras milionárias, sendo a Alianca Servicos de Edificacoes e Transporte Ltda, que possui um capital social de R$ 6 Milhões, a Kinglog Transportes Multimodais Ltda, que possui um capital social de R$ 2 Milhões, e a Distral Servicos de Edificacoes e Transportes Ltda, que possui um capital social de R$ 600 Mil, conforme informações do site da Receita Federal.
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Em 2017, Chaguinha, foi um dos arrolados na Operação Custo Político, segunda fase da Operação Maus Caminhos, que investigou desvio de cerca de R$ 110 milhões de verbas da Secretaria Estadual de Saúde (Susam). O empresário também já foi apontado, em relatório da Polícia Federal, no pleito de 2014, como um dos “operadores” do esquema de corrupção eleitoral patrocinado pelo ex-governador cassado José Melo, quando atuava como tesoureiro do partido do ex-governador.
A Aliança Serviços de Edificações e Transportes Ltda. que doou naquele ano R$ 600 mil, via comitê estadual, para a campanha eleitoral de reeleição de José Melo, multiplicou por dez o faturamento anual na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A empresa, que em 2010 recebeu R$ 4.357.520,18 da pasta, passou a ser uma das maiores a receber recursos do Estado, a partir de 2013 (R$ 39.235.048,88), chegando ao auge dos recebimentos em 2014, ano da reeleição de Melo (R$ 43.097.722,01), valor que praticamente foi repetido em 2015 (R$ 43.144.676,25). Em 2016, foram R$ 39.486.573,67.
De acordo com relatório do delegado federal Franco Perazzoni, ‘Chaguinha’ utilizou a empresa Aliança para financiar esquema de compra de votos. “Chaguinha também é tesoureiro do PROS, cujo presidente regional é o governador José Melo. Durante o período interceptado, Chaguinha fez articulações políticas com diversos alvos como Paraná (ex-vereador em Manacapuru Anderson José Rasori), Coronel Frota (ex-comandante da Polícia Militar do Amazonas Marcus Frota), Coronel Berilo (Berilo Bernandino de Oliveira), Dr. Tancredo (Tancredo Castro Soares), inclusive de mostra bem próximo do governador José Melo. Por seu turno, o Dr. Tancredo se mostrou bastante próximo de Chaguinha nas questões relacionadas à empresa e às lideranças no apoio á reeleição do governador José Melo, articulando com outras alvos desta operação”, diz trecho do relatório.
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Semed
Desde de 2015, as empresas de Chaguinha são responsáveis pelos milionários contratos de logística da Secretaria Municipal de Educação (Semed). O primeiro, oriundo de pregão presencial de 2014, foi firmado com a Aliança Serviços de Edificações e Transporte Ltda no valor de R$ 23,5 milhões com duração de 12 meses. No período de 2015 a 2017, a transportadora recebeu R$ 70 milhões da Semed de um total de R$ 78,5 milhões empenhados por conta de aditivo.
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Em 2017, a secretaria trocou a empresa Aliança pela Kinglog Transportes, comandada por Chaguinha e pelo filho dele, Pedro Saulo Sampaio. O contrato para serviços de logística, pelo período de um ano, totalizou R$ 23,9 milhões e foi firmado no dia 1º de junho daquele ano.
Esse contrato já foi renovado quatro vezes, e a mais recente em junho deste ano pelo titular da Semed, Pauderney Avelino (DEM). Em cada ano, os trabalhos custaram mais R$ 23,9 milhões aos cofres públicos. Pela soma, a Semed gastará um total de R$ 95.878.555,20 com o serviço de “logística englobando organização, processamento físico das atividades de recebimento, armazenagem, movimentação, expedição e distribuição dos materiais desta secretaria (mobiliária, material de expediente e limpeza, livros didáticos, uniformes, material esportivo, merenda, incluindo gêneros da agricultura familiar e utensílios de cozinha) através de caminhão baú refrigerado e barcos (voltados para distribuição de materiais para escolas municipais localizadas nas áreas ribeirinhas de Manaus)”.
*Com informações do Portal AM POST