Investigado por corrupção, Omar Aziz se diz “ficha limpa”, persegue adversários políticos e portais de notícias

O senador foi citado 256 vezes em 257 páginas no relatório da Operação Maus Caminhos.

Portal Soberano

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD), que foi citado 256 vezes em 257 páginas no relatório da Operação Maus Caminhos, e teve sua esposa e seus irmãos presos em decorrência da operação, usa uma nova estratégia para as eleições de 2022: a intimidação, através de processos contra seus adversários políticos e contra portais de notícias.

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De acordo com a jornalista Rosiene Carvalho, da coluna de política da rádio Band News, a defesa de Omar Aziz entrou com cerca de 80 processos contra sites e figuras públicas que usam as redes sociais para atingi-lo. Onze desses pedidos já foram deferidos favoravelmente ao senador.

A estratégia utilizada pelo senador é impedir novos ataque mais próximo das eleições e também de tentar emplacar para os eleitores do Amazonas que Omar Aziz é ficha limpa.

Recentemente ele fez um desabafo nas redes sociais em que se declara ficha limpa, mas manteve comentários da publicação bloqueados com medo de críticas.

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“Vivemos uma era em que as pessoas de bem estão sendo atacadas nas redes sociais e em blogs de aluguel em prol da política da baixaria. Não tolero mais que usem meu nome para se promover com mentiras e fake news. Não tenho condenação e nem sou réu em qualquer instância judicial, estadual ou federal. Sou ficha limpa! Sou homem público e respeito as críticas ao meu trabalho, mas sempre que mentirem para atacar minha honra vou buscar os meus direitos na Justiça. Quem estiver errado que seja punido e pague por seus erros”, escreveu Omar.

Porém, nas redes sociais, amazonenses questionam o senador por ter sido alvo juntamente com seus irmãos e esposa de uma operação do Ministério Público Federal chamada “Maus Caminhos”, que foi deflagrada em 2016 e houve uma série de desdobramentos. O objeto principal da investigação é o desvio de cerca de R$ 260 milhões de verbas públicas da saúde por meio de contratos milionários firmado com o governo do estado do Amazonas.

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Ainda não há decisão da Justiça no processo.

O político está com os bens bloqueados e o passaporte retido, conforme confirmou sua defesa à CNN.

*Com informações do Portal AM POST