**Notícias do Amazonas** – Apesar de tentar atribuir a culpa pela tragédia das queimadas que afetam o Brasil à crise climática, ao agronegócio e até mesmo ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o principal problema é o baixo investimento financeiro e a falta de articulação do governo da ministra do Meio Ambiente e Clima, Marina Silva. Isso contribuiu para o aumento dos focos de incêndio na Amazônia, Pantanal, Cerrado e outros biomas.
“Deficiências de articulação dificultam a integração e a sinergia entre os planos nacionais, estaduais e municipais de mitigação e adaptação às mudanças climáticas”, afirma o relatório do TCU, conforme divulgado pela jornalista Camila Bonfim, da Globonews. “Não adianta a ministra Marina tentar se isentar da responsabilidade e culpar adversários pela tragédia em seu ministério, que conta com vários órgãos responsáveis por implementar ações contra as queimadas. A culpa é dela, é do governo que ignora a distribuição de R$ 315,5 milhões para ONGs parceiras e foca na política do Fundo Amazônia, despejando recursos em ONGs amigas ao invés de atender as comunidades afetadas por secas, enchentes e outros desastres climáticos”, criticou o senador Plínio Valério.
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O relatório do TCU detalha as falhas do governo e de Marina. Entre elas, a descontinuidade dos planos climáticos, a falta de centralização nas decisões, a falta de transparência no orçamento destinado ao clima e a necessidade de uma melhor articulação entre o governo federal e os entes subnacionais, dada a ineficiência de Marina e suas ONGs. O parecer também indica que o Plano Plurianual (PPA) lançado em 2020 alocou apenas um terço dos recursos destinados pelos dois PPAs anteriores para o programa de enfrentamento da crise climática.