Notícias do Amazonas – A situação na BR-319 tem se agravado devido à falta de trafegabilidade, exacerbada pela estiagem severa e pela ausência de prazos para a reconstrução das duas pontes que desabaram há dois anos. Esses fatores tornaram a vida dos amazonenses ainda mais difícil nos últimos dias.
Longas filas de caminhões e carros de passeio, somadas à perda de mercadorias perecíveis, intensificaram a indignação da população, especialmente entre os moradores da área metropolitana de Manaus, que dependem da rodovia para o deslocamento. Em resposta às inúmeras reclamações e à falta de ação do Governo Federal, o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), protocolou um requerimento ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), solicitando que um representante local compareça à Aleam para apresentar um cronograma de recuperação das pontes.
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“É inaceitável o descaso do Governo Federal com essa situação. Já se passaram dois anos e até agora nada foi feito para resolver o problema de forma eficaz. A solução temporária adotada se revelou ainda mais ineficiente durante essa seca. O povo do Amazonas não pode ser tratado com indiferença. Nosso requerimento não é para ouvir promessas vazias, mas para que o DNIT nos forneça prazos concretos para a execução das obras”, enfatizou o deputado.
Atualmente, o engarrafamento na rodovia ultrapassa 12 quilômetros, começando na travessia do porto da Ceasa, em Manaus, e seguindo até o Careiro da Várzea. Outro ponto crítico é na comunidade de Igapó-Açu, a 260 quilômetros da capital. Nessas áreas, DNIT, Polícia Rodoviária Federal e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) definiram prioridades para a travessia.
Decisão Judicial
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Cidade também propôs a formação de uma comissão de parlamentares para pressionar, em Brasília, pela conclusão das obras na BR-319. “Recentemente, houve uma decisão favorável à repavimentação da BR-319 e precisamos agir para que essa medida seja implementada. Os impactos da falta de trafegabilidade são evidentes, e durante esse período de estiagem, tornam-se ainda mais claros. Estou articulando com meus colegas para que possamos colocar essa ação em prática o mais rápido possível”, afirmou.
Essa referência é à decisão do desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Flávio Jardim, que suspendeu a anulação das obras na BR-319 determinada pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária do Amazonas. Jardim ressaltou a necessidade de seguir rigorosamente as medidas de proteção ambiental e de realizar monitoramento contínuo das atividades.
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Ele também destacou a importância social das obras: “A continuidade é vital para o desenvolvimento regional. É possível alinhar o crescimento econômico com a preservação ambiental”, concluiu o desembargador.