Gleisi Hoffmann dispensa perdão do bispo Edir Macedo a Lula e gera reação de evangélicos

A resposta gerou bastante repercussão nas redes sociais.

Portal Soberano

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou hoje que “dispensa” o perdão do bispo Edir Macedo após vídeo em que ele diz que cristãos devem “olhar para a frente” e não guardar mágoa pela vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL). A resposta gerou bastante repercussão nas redes sociais.

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Em mensagem no Twitter, Gleisi afirma que é Edir Macedo “quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou”. No texto, ela acusa o bispo de induzir milhões de pessoas a acreditaram em mentiras sobre Lula e o PT “usando a igreja e seus meios de comunicação para isso”.

“Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila”, afirmou a deputada reeleita em publicação no Twitter.

Aliados de Bolsonaro criticaram a resposta da deputada. Até mesmo petistas comentaram que a líder do partido “perdeu a oportunidade de manter o silêncio”, uma vez que o PT deveria pacificar a base evangélica.

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O pastor reeleito deputado federal por São Paulo Marco Feliciano (PL) saiu em defesa do religioso no Twitter. “Que o tratamento dado ao bispo Edir Macedo pela presidente do PT sirva de lição a todos os parlamentares evangélicos na Câmara dos Deputados e líderes cristãos no Brasil. Não há mistura entre esquerda e direita. Não há comunhão entre luz e trevas! Dias sombrios nos aguardam”, escreveu o parlamentar.

Resposta
Edir Macedo, compartilhou um novo vídeo nas redes sociais nesta sexta-feira (4/11) se explicando sobre o “perdão” oferecido a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito. O religioso respondeu ao comentário da presidente do PT.

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O religioso rebateu a acusação e apontou que não ofertou o perdão a Lula. “Eu falei para que o povo da igreja, que entende a linguagem cristã, perdoasse os seus devedores. Aquela senhora estava magoada com Lula, eu não sabia. Quando eu detectei que deveria ter outras tantas pessoas com o mesmo sentimento, então falei que o Brasil deveria perdoar para que ele também pudesse ser perdoado”, disse.

Segundo ele, sua declaração foi distorcida e ele não tem nada contra Lula para dar seu perdão. “Então a gente levou a consciência do perdão para que as pessoas não ficassem com o coração magoado, marcado, manchado, para que não viessem receber o perdão de Deus. Confundiram isso, disseram que eu perdoei Lula. Eu não perdoei Lula, não perdoei ninguém. Não tenho nada contra Lula, como vou perdoar uma coisa que eu não sinto nada. Se ele tem algo contra mim, o problema é dele”, declarou.

“Eu pedi que as pessoas perdoassem para que elas pudessem ser perdoadas. Estão dizendo que o bispo ‘virou a casaca’. Não virei a casaca coisa nenhuma. O Lula esteve oito anos no governo, e o que ele deu a mim, à igreja ou à Record? Nada. Apenas fez o que tinha de fazer, como fez com todas as demais emissoras”, continuou.

O bispo ainda apontou que quando o presidente eleito teve câncer na garganta, foi até ele na igreja o procurar. “Impus as mãos sobre o pescoço dele e orei por ele. E ele ficou curado. Fez tratamento lá no Einstein, mas ficou curado. Eu fiz favor pra ele, ele não me fez favor nenhum”, ressaltou.

Lintas Serayu