“Eu não consigo lembrar em nenhuma eleição de Lula orando numa igreja evangélica”, diz aliado do petista

Com medo de perder as eleições o petista pretende fazer uma ‘Carta aos Evangélicos’ a quem sempre resistiu.

Portal Soberano

“Eu não consigo me lembrar em eleição nenhuma de Lula orando numa igreja evangélica. Ele não gostou nada de imaginar essa cena”, disse um aliado próximo do petista a colunista Clarissa Correa da revista Veja. O ex-presidente tem forte rejeição dos eleitores evangélicos que abraçaram a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), se rendeu a ideia de alguns de seus conselheiros mais próximos de fazer uma “Carta aos Evangélicos” com medo desse público derrotá-lo no segundo das eleições 2022.

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Segundo a revista, Lula ouviu manifestações tensas dos aliados, que diziam temer uma disparada do presidente puxado pelas igrejas. Conforme informações apuradas pela Veja, na ocasião, Lula discordou radicalmente de seus interlocutores, que diziam que ele precisava “conversar diretamente” com esse público. Queriam que ele fosse a igrejas, posasse para fotos ao lado de pastores e fizesse postagens explícitas nas redes. Lula não gostou. Disse que não iria “fazer o jogo do Bolsonaro”, “cair nessa armadilha”.

Naquela época, Lula concordou em consultar especialistas e encomendar estudos para tentar entender melhor as demandas desse segmento. Também aceitou mobilizar pastores alinhados à sua campanha, para que ajudassem a pedir votos.

O rascunho da carta, cujo teor vem sendo divulgado nos últimos dias pelos jornalistas Andréia Sadi e Octávio Guedes, da Globonews, indica que a campanha petista dobrou-se diante do resultado das urnas no primeiro turno. Com a perspectiva de uma eleição muito mais apertada que vinha sendo projetando pela campanha, o documento deve ir muito além de tentar afastar fakenews como a de que, se eleito, irá fechar igrejas.

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