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O prefeito de Manaus, David Almeida, que é presidente estadual do Avante, falou nesta terça-feira (9) sobre o anúncio de candidatura avulsa do pré-candidato ao Senado, Chico Preto (Avante), que não teve a candidatura confirmada na última quinta-feira (4) na convenção geral da aliança do Avante com o União Brasil. O mandatário reinaugurou hoje o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Umberto Calderaro Filho, localizado na rua São Cristóvão, bairro Zumbi dos Palmares, zona Leste.
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Ao ser questionado sobre o caso no evento, David destacou que Chico Preto tem o direito de buscar a candidatura independente mesmo que isso não tenha sido acertado na convenção do partido e desejou sucesso a ele.
“A gente já entregou a ata no sábado e na ata não constava uma candidatura para Senado. Mas ele tem esse direito, ele aspira e ele vai entrar de forma individual, essa é a indicação dele. Eu espero que ele tenha êxito, porém, não foi essa deliberação em convenção feita pelo partido”, disse o prefeito a jornalistas durante coletiva de imprensa.
Entenda o caso
Em uma live realizada na noite dessa segunda-feira (8), Chico Preto anunciou que vai brigar nas justiça pelo registro de sua candidatura avulsa, que consiste em ser totalmente independente sem ajuda financeira do partido nem direito a tempo de TV ou rádio na propaganda eleitoral.
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O político revelou a trama que impediu a oficialização de sua candidatura e afirmou que o candidato ao Senado confirmado na convenção geral, Coronel Alfredo Menezes (PL), tentou ganhar no tapetão.
“Nesse conjunto de partidos onde o Avante está, existem partido que vem defendendo que a coligação só pudesse ter um único candidato. É possível ter dois candidatos? É, juridicamente falando. Mas partidos que estão nessa coligação que sofrem uma influencia política, muito forte do Menezes, aquele que bate no peito para dizer que é o candidato do Bolsonaro, impuseram na última quinta-feira que ou o avante apontava o vice-governador ou apontava o senador. Se o Avante quisesse apontar o vice e manter minha candidatura ao Senado, os partidos que estão compondo essa coligação sairiam e isso seria um prejuízo grande em termos de tempo de televisão, de fundo partidário, enfim”, explicou.
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Ele destacou que seu partido foi encurralado por uma imposição que veio de Brasília das outras legendas. “Isso me foi comunicado pessoalmente pelo prefeito de Manaus, David Almeida [presidente estadual do Avante], de forma muito clara e honesta. O jogo estava ficando cada vez mais apertado e nessa conversa eu disse ao prefeito que não seria empecilho para que o Avante pudesse compor a coligação e indicar o vice-governador”, completou.
Após a reunião com o prefeito, Chico Preto afirmou que refletiu, conversou com amigos e decidiu lançar a candidatura avulsa. “Eu digo para você que a partir de agora eu insistirei na possibilidade de uma candidatura avulsa para o Senado da República. Porque ainda que o Avante tenha firmado a coligação e não tenha conseguido lançar a minha candidatura o Avante em nenhum momento tirou a minha possibilidade, juridicamente falando, de que eu possa agora junto a Justiça Eleitoral tentar meu registro avulso”, declarou.
De acordo com ele o Avante não reconheceu Menezes como seu candidato ao Senado e é por essa possibilidade que Chico tem chances de lutar pela candidatura avulsa.
“O Menezes tem medo de disputar a eleição e ganhar no voto faz esse tipo de manobra, tenta ganhar no W.O, no tapetão. Política se ganha no voto. Esse tipo de covardia eu não tenho. Isso é um ato de covardia, tirar alguém no tapetão. Foi isso que os partidos que estão aí abençoando a candidatura do Menezes fizeram, impuseram e foram mais fortes do que todos nós juntos. Mas o Avante poderia ter sacramentado o meu destino e não o fez, mas deixou a porta aberta para que eu pudesse estar aqui e dizer: ‘vamos para uma candidatura independente’”, afirmou.