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“Não merece a confiança do povo do AM”, diz Melo ao afirmar que foi vítima de Braga

O político afirma que Eduardo Braga boicotou sua gestão e que se considera uma vítima do emedebista.

Portal Soberano

Com vistas à disputa do cargo de deputado estadual no pleito de 2022, o ex-governador do Amazonas José Melo (PROS) quebrou o silêncio que já mantinha há quatro anos, desde que foi cassado e preso em 2017. Em entrevista a Ronaldo Tiradentes, durante o programa “Manhã de Notícias ”, da Rádio Tiradentes, nesta segunda-feira (8), ele defendeu sua inocência, falou dos dias na prisão e disse que chegou a pensar em se matar ao ser chamado de “ladrão” na rua.

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O ex-governador também falou da intenção de se candidatar a deputado estadual, do sonho de criar uma matriz econômica ambiental em contraponto ao Polo Industrial de Manaus, e não tergiversou ao comentar a respeito de seu ex-aliado Eduardo Braga (MDB), principal articulador de sua cassação no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Se o Braga fosse vírus, ele seria o Covid-19. Ele ficava insistindo e cutucando em todos os ministérios e eu não conseguia governar, porque ele não deixava. Ele não deixou a presidente Dilma Rousseff ajudar o governo e o povo do Amazonas”, disse Melo ao afirmar que Braga boicotou sua gestão e que se considera uma vítima do emedebista.

“Primeiro eu me dediquei feito um desgraçado para o elegê-lo como governador contra Amazonino Mendes, que era uma lenda. Segundo, ele tinha um compromisso formal comigo que iria me apoiar. Terceiro que esta história da Nair Blair foi uma enorme invenção. Eu me considero uma vítima, sim. Uma vítima de alguém que confiei, que o Amazonas sempre confiou e espero que não confie mais. porque não merece minha confiança e nem povo do Amazonas”, disse Melo.

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Ele também recordou a atuação incisiva do agora senador diante de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para articular a cassação. “Eu fui cassado por compra de votos, mas a Nair Blair foi inocentada”, disse Melo, se referindo à assessora indiciada por compra de votos, caso que acabou levando à cassação do ex-governador.

“Primeiro eu me dediquei feito um desgraçado para o elegê-lo como governador contra Amazonino Mendes, que era uma lenda. Segundo, ele tinha um compromisso formal comigo que iria me apoiar. Terceiro que esta história da Nair Blair foi uma enorme invenção. Eu me considero uma vítima, sim. Uma vítima de alguém que confiei, que o Amazonas sempre confiou e espero que não confie mais. porque não merece minha confiança e nem povo do Amazonas”, disse Melo.

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Segundo Melo, Braga havia prometido que apoiaria sua candidatura para Governo do Amazonas em 2014, coisa que não aconteceu e culminou com o duelo entre ambos. À época, Melo disse que Braga zombou de sua candidatura.

“Ele disse: Melo aquilo passou. Política é como o tempo. Um dia chove outro faz sol. E vou ser candidato. E então eu disse: seremos adversários pela primeira vez. Com um sorriso maroto, ele disse: Tu achas que eu vou perder uma eleição para um professorzinho do interior? E respondi: enquanto tu dormes até ás 11h, às 5h estou rezando e às 6h já estou trabalhando”, contou.

Prisão
Sobre os dias na prisão, Melo disse que “serviram para muita coisa” e que procurou tirar o melhor da situação. “Pra mim tudo na vida é lição. Aprendi isso com meu pai, um seringueiro lá do Juruá, que dizia que a gente não tinha que reclamar de nada, mas sim entender a lição de Deus e tirar o melhor para si”.

Contudo, foi ainda antes de ser preso que Melo disse ter passado pela experiência mais dolorosa, quando foi chamado de “ladrão” por uma pessoa na rua.

“Fui ao Banco do Brasil para abrir uma conta. Ao subir as escadas, uma pessoa disse assim: “E aí, Zé Melo, ladrão da saúde, está indo botar os milhões que tu roubaste?” Eu me virei para falar com essa pessoa, que estava em um carro, arrancou e foi embora. Voltei pra casa e não consegui dormir”, contou Melo.

“Desci para o escritório. Escrevi 110 laudas até às cinco da manhã. Hoje, sei que Deus existe e o diabo também. Naquelas 110 laudas estava toda a história da minha vida e de todos os políticos com quem eu convivi. Uma herança maldita para os meus filhos e para mim, do ponto de vista espiritual, pois eu iria me matar”, disse ele, que contou ter sido “salvo” pela sobrinha Helena, que passou a morar com os tios por um problema de saúde da mãe. “Eu me apeguei à criança e esqueci isso”, contou.

Eleições
Perguntado sobre as razões que lhe fariam voltar a disputar um cargo público, José Melo afirmou que “queria provar a mim mesmo que não era covarde”. “Se eu tinha enfrentado uma cassação, tornozeleira, eu poderia enfrentar uma campanha”, disse.

A “matriz econômica ambiental” será sua principal plataforma de campanha. “Meu sonho como governador era dar ao povo do Amazonas uma segunda matriz econômica, que não seja só a Zona Franca de Manaus. Eu tentei, reuni nove embaixadores, ambientalistas, cientistas e concebemos a matriz econômica ambiental, que é a exploração racional das riquezas naturais de forma sustentável”, afirmou, explicando que sua ideia não é de substituir o modelo Zona Franca, mas diversificar a economia da região.

“A Zona Franca pode permanecer, mas em equilíbrio com um interior rico, forte. Imagina essas duas coisas juntas, o Amazonas se transformando no maior produtor de peixe.

Lintas Serayu