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Em seu pronunciamento na Sessão Ordinária híbrida da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta terça-feira, 18, o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) repercutiu sobre o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em relação às denúncias de eventuais irregularidades cometidas pelo Governo do Amazonas durante a pandemia da Covid.
Para o parlamentar, caso a Corte Especial do STJ aceite a investigação contra o governador Wilson Lima (PSC), o vice-governador Carlos Almeida e mais 16 pessoas, a Casa Legislativa passará por um “constrangimento moral”. O relator da ação é o ministro Francisco Falcão e a pauta está marcada para o próximo dia 2 de junho, às 14h, por videoconferência. Na denúncia, o governador Wilson Lima e o vice Carlos Almeida são acusados de organização criminosa, juntamente com mais 16 pessoas, voltada à prática de crimes diversos.
“Quero antecipar o constrangimento moral que esta Casa passará se o STJ aceitar a denúncia, porque eu não acredito que o STJ deixará de aceitar pela materialidade dos fatos contidos na denúncia. Aliás, sabe por que eu não tenho dúvidas, porque eu participei da CPI da Saúde e nós sabemos do envolvimento já denunciado pela Procuradoria-Geral da República”, afirmou Barreto, ao relembrar que o caso da compra dos 28 respiradores inadequados numa loja de vinhos, por R$2,9 milhões, também está entre as denúncias contra o Estado.
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O deputado aproveitou, ainda, para criticar a Casa Legislativa por não fiscalizar os atos do Executivo estadual e voltou a cobrar a CPI da Pandemia no parlamento amazonense, que conta com quatro assinaturas: Delegado Péricles (PSL), Nejmi Aziz (PSD) e os autores da matéria, Dermilson Chagas (Podemos), e o próprio Wilker.
“Cobro formalmente desta Casa que os demais colegas assinem a CPI da pandemia para que possamos investigar as responsabilidades e para onde foi o dinheiro público. Nenhum deputado estadual consegue fiscalizar os gastos da Covid através do Portal da Transparência hoje em dia, por isso, precisamos avançar na CPI para fiscalizar, por exemplo, os gastos de uma OS que recebe milhões e não devolve os serviços”, disse o parlamentar, ao se referir ao Hospital de Campanha Nilton Lins, que atualmente não tem divulgado pelo Executivo os contratos de serviços prestados e nem valores. Na primeira onda, a unidade de saúde gastou mais de R$20 milhões em contratos com indícios de superfaturamento.
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*Com informações da assessoria de imprensa.