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No mês de março, aproximadamente 16 mil alunos do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) iniciaram aulas de forma remota. Passada uma semana de encontros virtuais, professores e alunos já conseguem avaliar positivamente a iniciativa do Cetam, que sempre esteve preocupado em não deixar o estudo parar.
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Na capital, o grupo de alunos que iniciou as aulas remotas no dia 22 de março, nos três turnos (manhã, tarde e noite), é de cursos técnicos e especializações técnicas (processo seletivo de 2020) e de cursos de qualificação profissional, ofertados em 8 de março. O restante faz parte dos cursos em Educação a Distância (EaD), inscritos em 2 de março e iniciados no último dia 25.
No primeiro dia de aula, a instrutora Maria José de Oliveira, 48, afirma ter se surpreendido com a participação dos alunos, que se mostraram muito interessados. Para ela, que é aromatóloga e massoterapeuta, essa adesão às aulas remotas pode ser um indicador, de que os alunos e suas famílias estão ainda mais conscientes e tentando se habituar às transformações.
“Iniciamos o curso de Aromaterapia e Técnicas de Respiração no modelo remoto. O Cetam acertou em cheio por não paralisar suas atividades no momento da pandemia. Mesmo nesse novo formato, a procura foi grande e o interesse dos alunos me deixa satisfeita”, disse Maria José, que ministra o curso nos Centros de Convivência da Família Magdalena Arce Daou, Teonízia Lobo e Padre Pedro Vignola, onde o Cetam também está presente.
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Afetividade em alta – Para Renato Campos, 26, aluno do curso de Fotografia, é nítido que houve um aprofundamento maior na relação entre Cetam e estudantes. Ele observa que a pandemia parece ter reforçado um componente muito importante: a afetividade. “Desde o primeiro dia percebo que todos estão empenhados, mais afetivos”.
De acordo com Renato, no início de cada encontro remoto, os instrutores fazem o acolhimento da turma. “Eles nos chamam para as aulas com música, usam alguma frase que nos leve à reflexão ou até mesmo contam uma piada para descontrair. Esses dois minutos iniciais fazem toda a diferença, pois nos motivam, nos ‘acordam para a vida’. Afinal, esse processo de isolamento tem sido difícil”, revelou.
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Guia metodológico para o ensino remoto
O ensino remoto foi a alternativa encontrada pela direção do Cetam para possibilitar a retomada das atividades dos alunos, mesmo diante da pandemia do novo Coronavírus. O diretor-presidente da instituição, Prof. Dr. José Augusto de Melo Neto, reforça que o conteúdo pedagógico proposto em cada curso pode ser aplicado por meio de várias opções tecnológicas, adaptadas ao contexto de cada município. Ou seja, a continuidade da aprendizagem é garantida pelas alternativas metodológicas.
O conteúdo pedagógico é repassado às turmas a partir das diretrizes e sugestões do “Guia metodológico para o ensino remoto”, lançado pelo Cetam em 15 de fevereiro. As aulas são totalmente remotas e ocorrem com o auxílio de ferramentas como plataforma de videoconferência, além do apoio de aplicativos de troca de mensagens em áudio e vídeo. Já as aulas dos cursos em EaD são ministradas por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), da Escola de Educação Profissional a Distância do Cetam (Cetam EaD).
Empenho coletivo
Para o professor Salatiel Gomes, diretor da Escola de Formação Profissional Enfermeira Sanitarista Francisca Saavedra, unidade do Cetam em Manaus, essa é uma perspectiva nova para todos os envolvidos no processo educacional. Logo, há um processo de adaptação inicial natural. “Iniciamos dia 22 de março com muitas expectativas e envolvimento. Em princípio, alguns estudantes tiveram dificuldades, sobretudo com a utilização de aplicativos e com as salas virtuais. Mas percebemos que essas dificuldades, aos poucos, estão diminuindo”.
O diretor destacou a maior integração entre corpo docente, adaptação curricular, aproximação entre comunidade e Cetam, além da diversificação de estratégias para engajar estudantes. “Há um interesse e empenho coletivo. Formou-se uma grande comunidade de aprendizagem. É importante ressaltar o desempenho dos professores, que diversificam as atividades, tiram as dúvidas por meio de diferentes tecnologias e se mostram sempre disponíveis para ajudar os alunos. Esse acolhimento e acompanhamento nas primeiras semanas de curso são essenciais. É quando os alunos sentem que podem contar com a equipe da escola e que conseguem superar as dificuldades. Assim, não abandonam o curso”.
* Com informações da assessoria de imprensa