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A primeira sessão plenária de 2021 na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em regime extraordinário, por conta do caos que sofre a saúde pública do Estado, mostrou o deputado Wilker Barreto (Podemos) estarrecido com o governador Wilson Lima (PSC), por conta das inúmeras mortes ocorridas nos hospitais em virtude da crise do oxigênio.
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O líder da oposição pediu para os 23 deputados apreciarem os pedidos de impeachment que estão na diretoria do Parlamento. Em um tom carregado, Barreto se dirigiu aos colegas para que não passem a mão na cabeça de um assassino.
“O processo de admissibilidade do impeachment é inquestionável. Se esta Casa não apreciar o processo de impeachment desse genocida em caráter de emergência, passará um recado de que poderemos passar a mão na cabeça de um assassino. Não existe hoje outro adjetivo que eu posso qualificar esse gestor e assassino, que não tem mais condições de estar à frente da coisa pública”, bradou.
Governo sabia
“Eu tenho informações por meio de denúncias que chegam ao meu celular, e os grandes jornais do país já confirmaram, desde setembro eles (Governo do Amazonas) tinham conhecimento da falta de oxigênio. Esse governo fechou os braços e pagou para ver. O Wilson Lima expôs o povo a uma maldade sem precedentes da história do país”, desabafou.
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Renúncia é melhor que impeachment
Odeputado estadual Delegado Péricles pediu que o governador Wilson Lima renuncie ao mandato. De acordo com o parlamentar, a decisão evitará, além do desgaste em um processo de impeachment, o aumento do caos da saúde no Amazonas, resultante do amadorismo na gestão do estado.
“Sim, eu quero mandar uma mensagem para o governador: o senhor demonstrou por diversas vezes não ter espírito público. Perdeu as condições mínimas para se manter no cargo que ocupa. Evite o desgaste do impeachment. Renuncie neste momento. Ninguém aguenta mais. Só quem está ao seu lado é por interesses dos próprios grupos. A população não lhe aguenta mais”, disse o deputado.
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Péricles mandou mensagem após fazer retrospecto das garantias de estabilidade e preparo dadas pelo governo do estado desde o início da pandemia no Amazonas e que caíram por terra com recorde de mortes em 2020, com escândalos de corrupção e, agora em 2021, seguem com a falta criminosa de oxigênio.
“Dia 16 de março de 2020, quando o governo do estado confirmou o primeiro casos de covid no Amazonas, ele mesmo publicou uma matéria no portal da SES que diz: ‘a rede de assistência está preparada’. Em abril e maio já éramos o epicentro da doença no país. Este ano, dia 6 de janeiro o mesmo governo emitiu nota para um jornal da cidade garantindo que ‘todas as unidades do estado estavam abastecidas e não havia falta de oxigênio’. Dia 14 de janeiro vivíamos o pior dia do estado com pessoas morrendo asfixiadas por falta de oxigênio nas unidades de saúde”, relembrou.
Para o deputado estadual, diante das provas de total ineficiência e falta de capacidade de gestão do atual governo, a Casa Legislativa precisa agir. “Desta vez ele exterminou pessoas. A falta de competência matou muitos irmãos amazonenses. Ele não fez o mínimo e o resultado é esse: uma catástrofe no Estado do Amazonas”, concluiu.
* Com informações da Assessoria de Imprensa